Trajetória
A senadora Ideli Salvatti foi escolhida em 2009 para a liderança do governo no Congresso Nacional. Atualmente ocupa ainda a presidência da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas.
Nascida em São Paulo no dia 18 de março de 1952, atuou no movimento estudantil secundarista e em projetos de alfabetização de adultos em Santo André, no ABC paulista, até 1970. É licenciada em Física pela Universidade Federal do Paraná. Na capital paranaense, desenvolveu trabalhos nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da periferia da cidade, de 1973 a 1976. Em 1976 Ideli escolheu Santa Catarina para viver. Tem dois filhos nascidos em Joinville: Filipe e Mariana. Professora de Matemática, fundadora do PT, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, elegeu-se deputada estadual em 1994 e reelegeu-se em 1998. Neste período, foi líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa (1995/96), membro de quatro Comissões Permanentes, Presidente das CPIs da Telefonia Rural Catarinense (95) e das Letras (97), Relatora da CPI da Educação (1997/98) e integrante da CPI do Besc (2000/01). Em 2001, presidiu a CPI da Sonegação Fiscal.
Entre as leis de autoria de Ideli, como deputada, estão as de regulamentação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação); do FUNDEF (Fundo de Manutenção e de Valorização do Magistério); a que estende o vale-alimentação a todos os funcionários públicos; a que repassa automaticamente aos municípios os recursos do Salário-Educação ; a que garante às mulheres gestantes o direito de ter um acompanhante durante o parto, apresentada em conjunto com o deputado Volnei Morastoni (PT); a que isenta os moradores e trabalhadores do Norte da Ilha da cobrança de pedágio na SC 401; a que dispõe sobre normas de segurança bancária para evitar o alto índice de assaltos a bancos em Santa Catarina e a que institui políticas de controle e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, além de medidas contra a discriminação de portadores do HIV, em conjunto com Volnei Morastoni (PT). Também conseguiu aprovar emenda constitucional que inclui a livre orientação sexual entre os direitos e garantias individuais do cidadão.
Em 2002 Ideli foi eleita para o Senado, com 1.054.304 votos. É a primeira mulher eleita senadora por Santa Catarina. Ocupou por quatro vezes o cargo de líder da bancada do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado. Em 2005 teve seu primeiro projeto transformado em Lei. Trata-se da chamada Lei do Parto, que garante às gestantes o direito a escolher um acompanhante para a hora do parto. Ainda na área da Saúde, Ideli propôs que o SUS (Sistema Único de Saúde) distribua de graça a vacida contra o câncer do colo do útero, terceira causa de morte por câncer entre as mulheres. Na área da Educação, a senadora propôs a institucionalização, em todo o país, da eleição direta para diretores. Ideli apresentou ainda projeto para que as instituições públicas federais de educação profissional e tecnológica reservem suas vagas para estudantes negros e indígenas, no mínimo igual à proporção verificada no último censo do IBGE. As vagas não preenchidas segundo esses critérios serão completadas por estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
A atuação de Ideli foi fundamental para a expansão do ensino tecnológico em Santa Catarina. No governo Lula, os Centros Federais de Ensino Tecnológico (Cefets) passaram de três para sete e serão 14 até 2010. Para garantir esse crescimento, Ideli destinou mais de R$ 39 milhões em emendas do Orçamento da União, entre 2005 e 2007. Desse montante, R$ 24 milhões já foram aplicados. Ideli também é uma das principais batalhadoras pela interiorização da Universidade Federal de Santa Catarina. No atual governo, pela primeira vez a Ufsc saiu de Florianópolis, com a criação de 15 pólos em diversas regiões do Estado. Além disso, estão em construção três novos campi: em Araranguá, Curitibanos e em Joinville. A senadora também atuou em defesa da Universidade Federal Fronteira Sul, que abrange parte do Rio Grande do Sul, Paraná e Oeste de Santa Catarina.
A atuação da senadora Ideli no Senado já lhe rendeu vários reconhecimentos e prêmios. Recebeu o troféu "Cabeças do Congresso" em 2004, 2006 e 2007, conferido todos os anos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aos 100 parlamentares mais influentes no Congresso Nacional. Em 2008 foi a única personalidade de Santa Catarina a constar da lista dos 100 brasileiros mais influentes de 2008. A lista é publicada todos os anos pela revista IstoÉ e inclui políticos, empresários, artistas e desportistas. Em 2008, recebeu o título de cidadã catarinense, concedido pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina.
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